sábado, 16 de maio de 2009

Entrevista ao Jornal Nordeste

Banda de Punk-Rock brigantina luta por um lugar ao sol
“Oldschool”: regresso em grande

Os “Oldschool” são uma banda oriunda do Nordeste Transmontano criada em meados de Setembro de 2005, que se assume como uma banda de Punk-Rock.

Desde sempre apostam em letras interventivas, criticando e enfatizando o que de mal acontece na sociedade. A banda usa o seu punk para demonstrar os seus pontos de vista relativamente a questões como o fascismo, guerras militares, o capitalismo e o exagerado consumismo numa sociedade à beira do colapso. Após algum tempo de afastamento os “Oldschool” voltam na sua máxima força. Conheça melhor esta banda que, cada vez, mais conquista um lugar ao sol no panorama musical.

Jornal Nordeste (JN) – Como surgiu o nome “Oldschool”?
Oldschool – Este nome surgiu devido à repulsa total da nossa parte em relação ao suposto “punk newschool” praticado na altura, que nada fazia senão cantar os problemas amorosos e superficialidades da vida humana. Nós pretendemos apresentar um punk moderno que escape à falta de pluralidade e criatividade da indústria punk actual, e isso sim, um punk preocupado com as temáticas e ideologias do momento em que vivemos.

(JN) – Depois de anunciado o vosso regresso, acham que continuarão a ter aceitação?
Oldschool – Nós estivemos parados cerca de 9 meses, para encontrar um novo baixista. Embora ainda não tenhamos feito uma actuação ao vivo desde o nosso regresso, sabemos que o nosso público se manterá fiel à banda.

(JN) – Como é que caracterizam a vossa banda?
Oldschool – Em primeiro lugar, a nossa banda só canta música em português, satirizando aquilo que vai acontecendo na nossa sociedade. Apenas temos um “cover” em inglês, mas é caso único.

(JN) – Quais são as características dos membros da vossa banda?
Oldschool – Acima de tudo é uma banda de amigos, que tenta ser o mais profissional possível em tudo o que faz, mas não temos nenhum perfil específico. Embora os Oldschool tenham uma linha e estilo próprios.

(JN) – Sentem-se apoiados pelas entidades ligadas à cultura e ao espectáculo?
Oldschool – Tal como todas as bandas, é claro que não. A única coisa que a Junta de Freguesia da Sé faz é convidar-nos para o Dia da Música e pouco mais, o que comporta muitos sacrifícios da nossa parte, porque o material que nos é disponibilizado nesses eventos, não é de facto o melhor.
Agora, sempre que queremos fazer um concerto em condições temos que ser nós a agir e tomar o primeiro passo. É óbvio que como músicos sentimo-nos frustrados.

(JN) – E no que toca a empresas discográficas, têm algum tipo de acordo?
Oldschool – Esse sector funciona um pouco por aquilo que está na moda. Aposta-se muito no Hip Hop e músicas comerciais, já o punk é mais restrito, tem um público mais direccionado, por isso não somos muito apoiados. As empresas discográficas só dão a cara se tiverem projectos que lhes garantam vendas e consequentemente lucros. Com a crise que vivemos, actualmente, é difícil também para eles darem um tiro no escuro, e também não nos podemos esquecer que o factor geográfico também nos prejudica bastante. Já chegamos a ir fazer concertos a perder dinheiro, o que nos custa um pouco.

(JN) – E o que tem a dizer do papel dos meios de comunicação social de Bragança?
Oldschool – Se dissermos que é a primeira entrevista que estamos a dar cá, isso já diz tudo. Aliás, quando enviamos e-mails para a comunicação social só tivemos feedback do vosso jornal.

(JN) – Então se de momento quisessem gravar um CD, teria que ser a banda a suportar os custos?
Oldschool – Evidentemente que sim. De momento estamos a pensar gravar um EP (Extended Play) com os nossos conhecimentos informáticos, ficando na mesma a banda a suportar os custos.

(JN) – Se pudessem escolher, onde gostariam de poder tocar um dia?
Oldschool – É difícil de responder, mas apostávamos numa digressão pelo País para dar a conhecer a nossa música, ou tocar num grande festival como o Super Bock Super Rock.

(JN) – Próximos espectáculos?
Oldschool – De momento temos espectáculos confirmados na Semana Académica de Bragança e de Mirandela, entre outros que estão a ser ultimados.

Por: Vanessa Martins

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